segunda-feira, 19 de abril de 2010

“Enquanto houver sol ainda haverá esperança”

Estava pesquisando para escrever algo inspirado no texto de Vinícios de Moraes, a casa. Mas, viajando pela internet, descobri um filme que me fez adiar este desejo por um pouco mais de tempo.

http://www.youtube.com/watch?v=pGYWAmt2kJQ&feature=related

Este testemunho vivo fala de uma grande verdade: a vida é dura. Viver significa enfrentar obstáculos, lidar com desafios, encarar medos... Jesus já nos antecipava: “No mundo tereis aflições...” Mas também, não deixou de nos dizer: “tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33). A verdade é que “enquanto houver sol ainda haverá esperança”.

Eu acredito que Deus deu ao homem uma capacidade de superação incrível, e que, aquele que entende isto, descobre a beleza de manter os seus sonhos e de buscá-los. Podemos e devemos manter nosso rumo. Mas é preciso se atrever, trabalhar, aprender... Sair da zona de conforto.

É possível alçar altos vôos. Ainda mais quando estendemos nossas asas para captarmos o sopro divino. Este vento que nos impulsiona para alturas nunca antes sonhadas. “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam”(I Coríntios 2:9).

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vivendo a Páscoa


Eu nasci e cresci em uma pequena e charmosa cidade, do litoral nordestino, chamada João Pessoa. Na minha infância, algumas vezes ao ano, meus avôs paternos viajavam a Recife para fazer compras e passear no shopping. Na época, ele era considerado o maior da America do Sul; sem falar que em João Pessoa não tinha um empreendimento como aquele.

Algumas vezes, eu e meus pais íamos com voinha e voinho. Quando minha avó ou meus pais me diziam que no próximo sábado viajaríamos para Recife eu realmente ficava sonhando. Aquela informação era, para mim, uma passagem para um “outro mundo”, a possibilidade de ver enormes prédios, avenidas, um shopping gigante repleto de satisfações. Não me esqueço das cores e luzes daquele lugar, dos brinquedos, dos lanches, era um verdadeiro paraíso para uma criança. Havia muitos motivos para festejar, para sentir um coração que se inundava de alegria. Acho que meus pais percebiam isto.

Neste fim de semana os cristãos, ao redor do mundo, comemoram a páscoa. Na verdade, muita gente, cristão professo ou não, comemoram a páscoa. Este é o fim de semana dos ovos de chocolate, das viagens oportunizadas pelo feriado e, somente, para muitos. Este é o fim de semana para se ir a uma missa ou culto único ao ano, completamente desconectado com a vida daqueles que assim o fazem. Este é um fim de semana de celebração e de louvor a Deus, fruto de uma vida dedicada, isto porque, através do seu filho, ele nos apresentou a páscoa.

Páscoa significa passagem. Certamente há uma conexão entre esta palavra e a libertação que o Senhor operou sobre o povo de Israel, pois eram cativos dos egípcios (Êxodo 12 a 15). Páscoa, então, pode significar libertação. O povo liberto teve o seu coração incendiado pela perspectiva da terra prometida, ou seja, páscoa pode significar ainda, esperança. Mas o povo pecou, na verdade, ao longo da historia, não houve quem não pecasse; e Deus, não compartilha com o pecado.

Anos e anos se passaram depois da primeira páscoa até que um jovem aproximou-se de um profeta respeitadíssimo, chamado João Batista, para ser batizado por ele. João ao fitar os seus olhos nele disse: “eu é que preciso ser batizado por ti” (Mateus 3:14). Mas, dissuadido por aquele jovem, o batizou. Este é aquele sobre o qual o próprio João Batista afirmou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”(João 1:29). Jesus, o cordeiro de Deus, que morreu em uma cruz para salvar. Ele é a páscoa de todos aqueles que nele crêem. Pois o seu sacrifício foi para a libertação, de uma vida de pecado para uma vida que caminha a eternidade, um tempo que está para além da mente mais criativa.

Se a notícia para ir a um shopping fazia tremer o coração de uma criança, o que dizer do conhecimento de tão grande evento? Nosso Pai nos apresentou a páscoa como expressão do seu amor (João 3:16). O Deus, todo poderoso, nos ama e nos entregou seu único filho, apontando-nos um novo caminho. É tempo de ratificar nossa fidelidade, de nos alegrarmos na presença do nosso Deus, de anelarmos ainda mais a salvação eterna e de compartilharmos com nossos queridos a boa nova do Senhor. Como crianças que receberam tão maravilhosa informação, louvemos ao Senhor, pois a própria escritura anuncia: “da boca de criancinhas surge o perfeito louvor”(Mateus 21:16).