segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Perde-se em conforte e ganha-se em rusticidade

O título deste texto me faz lembrar muito de um grande amigo, o Lopes Júnior. Este amigo, quase irmão, é piloto da aeronáutica. E, como militar, desde cedo foi doutrinado a lidar com todas as situações, com todos os imprevistos ou desafios que talvez pudesse alcançá-lo. Nos momentos mais sombrios, onde tudo se mostra desafiador flui esta frase, como um farol que aponta para melhores momentos que virão. Pelo menos é como sempre a interpretei.

Uma coisa é certa. Felizmente ou infelizmente enfrentaremos grandes desafios em nossa caminhada. Jesus certa vez nos disse: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33). Nos momentos de fortes embates devemos buscar a paz que advém do Senhor. A paz que nos dá a segurança de que estamos agindo da maneira certa, que anima a nossa esperança de que tudo passa, que nos apresenta a certeza de que diante das grandes lutas se aperfeiçoa o nosso caráter, que nos faz experienciar que Deus é fiel.

“A imaturidade é o desejo de que a realidade se adapte a você”, nos disse o psicólogo John Towsend. A realidade é o que temos para viver. Ela se apresenta quer gostemos ou não, no entanto, podemos desafiá-la, enfrentá-la e vivê-la. Você se lembra de José do Egito? Ele foi vendido por seus irmãos como escravo. Esta era a sua dura realidade, escravo no egito. José se pôs a trabalhar da melhor maneira possível até que conseguiu ser o administrador de tudo o que o seu senhor possuia. Ele não conseguiu deixar de ser escravo – pelo menos naquele momento de sua vida – portanto, teve que se adaptar, todavia ao desafiar o seu status, ou seja, sua posição de mero escravo, José percebeu que poderia mudar radicalmente seu modo de viver, sendo o mordomo do seu senhor; e assim o fez.

Como temos agido diante das adversidades? Escondemos nossa cabeça na terra para que o problema passe – resmungando, cupando tudo e todos, paralisados, crentes que tudo acabou e não há mais esperança, pois esta é A REALIDADE? Ou estamos dispostos a lidar com o que nos cerca? Com nossa responsabilidade diante da vida, buscando aprender, mantendo a esperança ao nosso lado, certos que existem caminhos a serem explorados e sobretudo confiantes em Deus – “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28).

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quando soube da morte do Dr. Aristóbulo (23/08/2010) fiquei muito triste, assim como, tenho certeza, todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecer este homem. O irmão Aristóbulo, desde quando o conheci, se tornou um exemplo para a minha vida. Um homem sábio, porém simples. Alguém alegre, sempre disposto a compartilhar um gracejo, no entanto profundo. Uma pessoa amorosa, carinhosa, delicada até, todavia portadora de uma intensa autoridade.

É impossível não lembrar, agora, de uma das experiências de Jesus. O mestre chegava em uma pequena cidade chamada Betânia. Ao saber disto corre ao seu encontro sua querida amiga Marta. A verdade é dita: Lázaro está morto. Logo depois chega Maria. As duas irmãs, Jesus e todos que estavam ao redor choram. Como não chorar com a morte dos nossos queridos. Mas, diante da dor temos uma real consolação advinda do próprio Jesus ao viver aquele momento intenso: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (João 11:25).

Nossa vida é de Senhor. Creio que o melhor de Deus estar por vir. A Bíblia diz: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas” (João 14:1-2a). Eu e Kézia estaremos orando para que o Senhor console o coração da nossa mui amada irmã Adália, de todos os filhos, netos e amigos do Dr. Aristóbulo. Que o Senhor console os nossos corações e nos anime até chegarmos no grande dia. Onde todos estaremos juntos.


http://www.youtube.com/watch?v=pqJsBRFdrA0&feature=av2e
Amazing Grace (Versão Chris Tomlin)


Amazing grace how sweet the sound
That saved a wretch like me
I once was lost but now I'm found
Was blind but now I see

'T was grace that taught my heart to fear
And grace my fears relieved
How precious did that grace appear
The hour I first believed

Chorus

My chains are gone, I'v been set free
My God, My Savior, has ransom me
And Like of flood, His mercy rains
Unending love
Amazing Grace

The Lord has promised good to me
His word my hope secures
He will my shield, my portion be
As long as life endures

Chorus (2x)

My chains are gone, I'v been set free
My God, My Savior, has ransomed me
And like of flood, His mercy rains
Unending love
Amazing Grace

The earth shall soon dissolve like snow
The sun forbear to shine
But God, Who called me here below
Will be forever mine
Will be forever mine
You are forever mine

Amazing Grace (tradução) Chris Tomlin

Graça incrível, como é doce o som
Que salvou um miserável como eu
Certa vez estava perdido, mas agora fui encontrado
Era cego, mas agora eu vejo

Foi a graça que ensinou temor ao meu coração
E a graça que aliviou meus medos
Quão preciosa essa graça pareceu
Na hora que eu acreditei

Coro

Minhas correntes se foram, Eu fui liberto
Meu Deus, meu Salvador, me resgatou
Como uma inundação, Sua misericórdia chove
Amor sem fim
Graça incrível

O Senhor prometeu-me o bem
Sua palavra assegura a minha esperança
Ele vai ser o meu escudo e porção
Enquanto a vida durar

Coro (2x)

Minhas correntes se foram, Eu fui liberto
Meu Deus, meu Salvador, me resgatou
Como uma inundação, Sua misericórdia chove
Amor sem fim
Graça incrível

A terra em breve se dissolverá como neve
O sol se absterá de brilhar
Mas Deus quem me chamou aqui em baixo
Será para sempre meu
Será para sempre meu
Você é para sempre meu

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Uma força indescritível

A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.
Mateus 6:22



Há momentos em que basta um olhar para descortinar o que se passa. Um olhar compenetrado, afetivo, que rompe o egoísmo próprio de cada um de nós. Que traz consigo um verdadeiro bálsamo, verdadeiras propriedades curativas.

Fico a pensar na vida dos leprosos na época de Jesus. Estavam a margem da sociedade. Eram desprezados e até ignorados. O desprezo destitui o valor da pessoa, o ato de ignorar supõe a inexistência do existente. Ou seja, aqueles inúmeros homens e mulheres sentiam-se destituídos do mais simples contato humano, pois não eram mais considerados humanos – a nossa desumanidade desumaniza a outros.

Há vários relatos nas escrituras sagradas que apresentam leprosos que se aproximaram de Jesus. O evangelho de Marcos (1:40-42) relata que um homem leproso aproximando-se de Jesus lhe rogou: se queres, bem podes limpar-me. Jesus o olhou, isto é, o notou, contemplou sua dor, sentiu sua dor – “... Jesus, movido de grande compaixão... (1:41)”; a compaixão é uma tradução do original que traz a idéia de percepção de algo que faz mover as entranhas do observador e que se impõe de tal maneira que é impossível não agir.

Sabemos que Jesus agiu e curou aquele homem. Podemos pensar que o simples olhar, a percepção impregnada de amor, foi o primeiro contato que aquele homem teve com a cura. Embora nem sempre tenhamos as ferramentas para curar alguém – ajudar, auxiliar ou resolver seja o que for. Temos a nossa disposição o olhar carinhoso, que apresenta ao outro sua importância, o nosso interesse em suas dores, a nossa presença ao longo dela – numa disposição contínua para ajudar – e a nossa esperança na sua superação. Este tipo de olhar traz consigo uma força indescritível.